O assunto sobre a escravidão pode ser analisado
com olhares estratégicos e outros de injustiça por pensar no próximo. Um
relatório divulgado nesta sexta (1º) pela Organização Internacional do Trabalho
(OIT), aponta que 20,9 milhões de pessoas são vítimas de trabalho forçado em
todo o mundo, sujeitas a emprego impostos através de coação ou de fraude.
A “escravidão” tem sido discutida frequentemente em sites de direitos humanos,
livros didáticos, jornais, revistas. Enfim, mundialmente. Apesar da sua
abolição em 1888, muitas pessoas ainda participam dessa situação pela falta de
informação, e assim, sobre o que vai encarar pelo próprio desespero quando
estiver desempregado.
Este tipo de trabalho forçado nas cidades, podemos visualizar geralmente
em oficinas de costura. No qual o salário é baixíssimo, dezenas de horas
diárias de serviço, e sem folga. Temos essa ilegalidade também na zona rural,
que as dificuldades apontam com maior intensidade, e peões são isolados
geograficamente por fazendeiros; empresários, com um propósito: Caso aconteça
algo, não terão oportunidades para agir/reagir aos seus direitos.
Definitivamente sem sua liberdade.
No poema de Gullar Ferreira é perceptível essas condições abusivas, ele coloca
ênfase em um simples açúcar que adoça nossas bocas. Todos nós não damos
importância de como chegou até o nosso café quente de toda manhã. O autor chega
a conclusão que não foi feito por uma mercearia, pelo dono da usina, e muito
menos canaviais que nasceram milagrosamente. E sim, foi feito por lugares
distantes, por pessoas que passam necessidades, que sobrevivem sem hospitais,
sem uma boa alimentação e sem educação. Homens que na nossa realidade, não
iriam ter oportunidades de empregos decentes, por falta de uma infraestrutura
anteriormente que não tiveram, e não estão tendo. O que geralmente acontece, é
eles terem ido atrás de suas sobrevivências muito novos, precisaram ajudar seus
familiares e a si mesmo.
Atualmente, o nosso país não contribuí para a melhora. “As leis não são
suficientes para acabar com a escravidão”
nesta frase, esta a evidência que as autoridades não buscam finalizar esse
trajeto que deixa o Brasil fragilizado internacionalmente. Soluções que
precisamos encontrar e trazer uma evolução. Realizar projetos que informem a
população, através de cartazes, palestras, incentivo a educação, priorizar
isso. Mas se ainda tiver pessoas que
pensam apenas em lucros, usar, abusar, escravizar para ter suas riquezas, e não
pensar no que pode estar prejudicando o outro, o mundo não irá progredir.
Ler em uma reportagem que um olho perdido vale R$ 60,00, uma mão perdida vale
R$ 100,00 é desumano. E acreditar nisso é difícil.
Fontes:
http://blogdosakamoto.blogosfera.uol.com.br/2012/06/01/mundo-tem-209-milhoes-de-vitimas-de-trabalho-forcado-diz-oit/
http://www.brasilescola.com/sociologia/escravidao-nos-dias-de-hoje.htm
GULLAR, Ferreira. Toda poesia. Rio de Janeiro: José. Olympio,2006.
Nenhum comentário:
Postar um comentário